O Japão, embora seja conhecido como a terra da modernidade e da alta tecnologia, também é o lugar do mundo onde mais existem superstições bizarras! - Existem crenças das mais absurdas, desde a posição em que os móveis de casa devem ser colocados, indo até a datas mais ou menos favoráveis para se casar! As crenças e manias são muitas, e agora, vamos conhecer algumas delas!
- Matar uma aranha de manhã
- Arrebentar a tira do chinelo, sandália, tamanco e afins
- Levar um vaso de planta para uma pessoa doente
- Não jogar sal na porta depois que um mendigo passar por sua casa pedindo esmola
- Passar por um carro funerário
- Apontar para um carro funerário, ambulância ou lápide
- Se a primeira pessoa que encontrar de manhã for um monge budista, você terá um dia ruim
- Estrear sapatos novos à noite
- Quebrar um pente ou escova de dentes
Pavor do número quatro
Os japoneses tem verdadeiro pavor do número quatro. - Explicando melhor, é que a pronúncia desse número é a
mesma da palavra morte, "shi". - Por isso, não estranhe se não encontrar o
quarto andar em um prédio japonês, ou se achar a vaga de carro de número quatro sempre
vazia... Além disso, alguns hospitais japoneses não têm os números 4, 9,
14, 19, ou 42 nos quartos. Shi-ni, ou 42, também significa morrer. Já o
número 420 lê-se shi-ni-rei, ou espírito morto. O 24, então, é morte em
dobro: ni-shi.
Números da sorte
Mas os números não trazem apenas mau agouro. Um bom exemplo disso é o dia 29 de
setembro. A data é muito indicada para começar um namoro, ou marcar o
noivado e o casamento. Tudo porque a leitura em japonês do número 929
(no país, o mês vem antes da data) é ku-tsu-ku, que significa “grudar”.
Ou seja, acredita-se que o casal que oficializa a união nesse dia
permanecerá “grudado” para todo o sempre. Romântico…
Mau dia
Pretende se casar no Japão mas o dinheiro está curto? Se não acredita em
superstições e mau agouro, uma boa dica é marcar a data no Butsumetsu,
ou dia da morte de Buda. A data é considerada de péssimo agouro, e muito
evitada pelos japoneses, principalmente, para casar. Casais corajosos
que não se importam com a data, ou que querem economizar, costumam
ganhar descontos no pacote de comemoração.
Ciclo de seis dias
Durante os séculos 14 a 19, os japoneses utilizavam um calendário lunar,
composto por seis dias, conhecido como Rokuyo ou Rokki. Cada dia tem um
nome e é associado a um dia de boa ou má sorte. São eles o senshô,
tomobiki, senbu, butsumetsu, taian e shakkô. É comum marcar casamentos e
funerais baseados no Rokuyo. Acredita-se que o Taian é a melhor data
para celebrar o matrimônio. Os calendários japoneses costumam estampar
em que dia caem essas datas.
Superstições de boa sorte
- Se um passarinho fizer cocô na sua cabeça, isso é sinal de bom presságio
- Se o ouvido direito coçar, terá boas notícias (enquanto que o esquerdo, é sempre um mal sinal).
Direção demoníaca
Muitos japoneses ainda acreditam que a planta de uma casa pode
influenciar na fortuna que quem irá residir no local. Essa crença é
denominada Kaso. Trata-se de uma espécie de feng shui do Japão. Um
exemplo é o kimon, ou seja, quando a porta de entrada da casa está
posicionada na direção nordeste. Os antigos crêem que o kimon atrai o
demoníaco monstro Oni. Até hoje, muitos evitam posicionar a entrada
principal da casa nessa direção.
De hashi para hashi
Até hoje, muitos funerais seguem a tradição budista. Nesse dia, o corpo é
queimado e, enquanto isso, os convidados fazem uma refeição. Encerrada a
cerimônia, os parentes retiram os ossos das cinzas, passandoos de
pessoa para pessoa, com o hashi. Por esse motivo, nas refeições do
dia-a-dia, não se deve passar comida de hashi para hashi. Segundo os
japoneses, isso traz má sorte.
Deitar como morto
Na hora de decorar seu quarto, lembre-se de não posicionar a cama para o
norte. Ou melhor, não coloque a cabeceira nessa direção. De acordo com
os japoneses, somente pessoas mortas são colocadas desse jeito. No
Japão, é costume prestar muita atenção ao colocar a cama no quarto ou na
hora de estender o futon para dormir. Essa superstição é denominada
kita-makura. Kita significa norte e makura, travesseiro.
Borda do tatami
Para os japoneses, pisar na borda do tatami dá azar. É preciso prestar
atenção também na hora de posicionar o tatami no chão. O encontro das
bordas não pode formar uma cruz, que remete à morte. É importante medir o
espaço e arrumálos de maneira correta. Além do mau agouro, eles
consideram pouco elegante colocar o pé nesse local. O ideal é pisar na
parte de junco.
Idades turbulentas
Os templos e santuários do Japão costumam receber homens e mulheres que
não querem sofrer a maldição do “yakudoshi”. A palavra se refere às
idades de 42 anos para homens, e 33 para mulheres. A palavra “yaku”
significa calamidade e doshi, idade. Os japoneses acreditam que esse
período é crítico e turbulento, por isso os amigos e parentes oferecem
uma festa para reunir energia positivas para ajudar a superar as
dificuldades do período. No ano seguinte, ou seja, quando a mulher
completar 34 e o homem 43, é a vez dos aniversariantes retribuírem a
festa. O agradecimento é chamado de yakubarai. Segundo estudiosos, os
dois números integram o princípio do Yin e Yan, pois 34 é o contrário de
43 e a soma de 4 + 3 = 7, que é considerado um número místico. Algumas
pessoas agradecem com um culto, em vez de festa.
(Curiosidades compiladas e reeditadas a partir de um texto original de Érika Omori)